Introdução

Doenças causada pelo vírus do gênero Lentivirus da família Retroviridae. Acomete equídeos e promove nestes animais febre, anemia, hemorragias, edema, perda de peso, letargia e depressão. Ela é transmitida por insetos hematófagos (que sugam sangue): môsca-dos-estábulos e mútuas, via transfusões de sangue, uso de agulhas ou instrumentos contaminados e da égua para o potro durante a gestação (via congênita).

Relato Clínico

No dia 16 de julho, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) confirmou um foco de Anemia Infecciosa Equina (AIE) em 20 equinos pertencentes a duas propriedades rurais no município de Almenara, localizado no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Após a confirmação laboratorial, os animais acometidos foram eutanasiados, uma vez que a AlE é uma enfermidade viral, altamente contagiosa, incurável e de notificação obrigatória, conforme as normativas sanitárias vigentes.

Em decorrência do surto, as propriedades afetadas foram interditadas e o IMA deu início ao protocolo de saneamento do foco, que consiste na testagem de 100% dos animais remanescentes. Caso todos apresentem resultado negativo, uma nova rodada de testagem sera realizada entre 30 e 60 dias após a primeira. Para que o foco seja considerado erradicado e a propriedade desinterditada, é necessário que duas testagens consecutivas resultem negativas para todos os animais.

No entanto, caso algum animal apresente resultado positivo em qualquer uma das etapas, o protocolo reinicia: o animal infectado é abatido, e uma nova testagem é realizada em todos os demais equídeos da propriedade. Esse ciclo se repete até que seja possível confirmar, por meio de duas testagens consecutivas negativas, a ausência do agente viral no plantel.

Aspectos Clínicos e Diagnósticos

Sinais clínicos: AGUDA: febre alta, anemia severa, fraqueza, pequenas manchas vermelhas ou roxas na pele ou mucosas (petéquias) e edema.

CRONICA: febre intermitente, emagrecimento progressivo, ictericia e queda no desempenho.

ASSINTOMATICA: ausência de sinais clinicos, porém com potencial de transmissão viral.

Exames laboratoriais: IDGA (Imunodiusão em Ágar Gel) ou teste de Coggins: padrão-ouro para diagnóstico e controle sanitário.

ELISA: mais sensível porém sujeito a falsos positivos. necessitando conirmação por IDGA ou Western blot.

Conclusões

Prevenção e controle: Testagem sorológica para detecção de anticorpos no sangue; Uso de pulverização com inseticidas; Boas práticas sanitárias; Quarentena;

Não há vacina ou tratamento específico contra a AIE; Guia de Trânsito Animal (GTA); Exames negativos para AIE: validade de 180 dias; A participação em eventos (requer resultados negativos); Animais positivos (isolamento ou eutanasia.

Não é uma zoonose

Agradecimentos: Agradecemos ao nosso Professor Celso Pinto, pelos ensinamentos, pelo apoio e ajuda no desenvolvimento deste trabalho.

Referências bibliograficas:

  • https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/
  • https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/anemia-infecciosa-equina/
  • https://www.iagro.ms.gov.br/workshop-marca-a-
  • https://g1.globo.com/mg/vale-mg/noticia/2024/10/23/entenda-a-doenca-que-causou-a-morte-de-20-equinos-e-interdicao-de-propriedades-rurais-no-vale-do-jequitinhonha.ghtml

Graduandas em Medicina Veterinária pela Universidade São Judas Trabalho apresentado como parte da avaliação da Unidade Curriculae Agravos a imunidade em saúde animal Sob Orientação do Prof. Celso Pinto